A vida é um caminho de luz e sombra. O importante é que se saiba vitalizar as sombras e aproveitar a luz. (Henri Bergson).
O ser humano é fototrópico por natureza, ou seja, tem a tendência de se locomover em direção à luz. Como resultado dessa característica, os lugares preferidos para permanência e onde as atividades realmente acontecem dentro de uma edificação são os lugares iluminados.
Levando em consideração que as pessoas necessitam de uma variedade de espaços para atender às diversas necessidades, e que esses espaços são definidos também pela presença da luz, que só é percebida em contraste com espaços mais escuros, podemos afirmar que os ambientes internos dos edifícios devem possuir uma alternância significativa entre claridade e escuridão. Uma edificação com níveis uniformes de iluminação terá poucos espaços que funcionem como ambientes afetivos para os usuários.
Pallasmaa (2011) defende que sombras profundas e a escuridão são essenciais. Para ele, as sombras estimulam a imaginação e a fantasia. Ele compara o jogo de luz e sombra a uma respiração constante e profunda: “a escuridão inspira e a iluminação expira a luz” (p. 44).
Como mencionado anteriormente, as pessoas têm a tendência de caminhar em direção à luz. Portanto, crie pontos focais nos espaços destinados às principais atividades e mantenha as áreas de circulação menos iluminadas. Alterne as áreas iluminadas e sombreadas por toda a edificação, de forma que as pessoas caminhem naturalmente em direção à luz.
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