A topografia acidentada de uma região, juntamente com a presença de água e vegetação, resulta em uma maior variedade de climas, conhecidos como microclimas. Esses microclimas podem ser explorados para proteger as edificações da exposição solar indesejada e devem ser considerados nos estudos de insolação das fachadas.
Aproveitar a topografia é um ponto de partida importante para criar o microclima ideal. As elevações naturais são eficazes para modular o clima. Depressões amplas permitem aproveitar o sombreamento durante os horários de sol mais baixos, especialmente no verão. Nessas situações, o sombreamento é mais eficiente quando a barreira topográfica está localizada a uma certa distância da área sombreada, proporcionando proteção contra o sol baixo, ao mesmo tempo em que permite a entrada de luz difusa e refletida entre a barreira e o edifício. A presença de colinas circundantes pode ser uma vantagem significativa para simplificar os desafios nas fachadas leste e oeste.
No estudo de insolação, é importante localizar os edifícios mais altos e considerar a influência de suas sombras, juntamente com o desenho da topografia. Essas sombras podem oferecer oportunidades de insolação para as edificações mais baixas, especialmente em climas mais frescos. Em áreas onde as sombras persistem por longos períodos do dia, é possível destinar esses espaços a instalações que requerem menos luz solar, como estacionamentos.
O espaçamento entre edifícios e a largura das vias de circulação são outros aspectos importantes a considerar. Quando o espaçamento entre edifícios é maior, há a possibilidade de construir edifícios mais altos.