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204. Recuos

Os recuos são distâncias estabelecidas por leis e regulamentos urbanísticos que devem ser respeitadas entre a edificação e os limites do terreno. Sua importância é fundamental nos estudos de iluminação natural, pois garantem o acesso à radiação solar visível através das fachadas laterais e frontais.

O recuo frontal refere-se à distância entre a fachada da edificação e a linha do terreno voltada para a rua. Ele desempenha um papel importante na preservação do espaço público, evitando que os edifícios se adiantem excessivamente e prejudiquem a circulação de pedestres e veículos. Além disso, o recuo frontal pode ser aproveitado para criar áreas verdes, canteiros e calçadas.

Já os recuos laterais são as distâncias entre as paredes laterais do edifício e os limites laterais do terreno. Eles desempenham um papel essencial na garantia da privacidade dos vizinhos, na iluminação e ventilação dos ambientes internos, além de prevenir a propagação de incêndios entre as construções. Caso não seja possível ter recuos laterais, é provável que seja necessário recorrer a aberturas zenitais ou pátios para a captação de luz natural.

Recuos laterais definidos nos códigos urbanos da cidade.

A análise da refletância e especularidade das fachadas laterais é importante quando há recuos e aberturas nessas áreas. É necessário considerar a trajetória do sol e fazer uma avaliação do potencial ofuscamento, levando em conta o material utilizado nessas fachadas.

Além disso, é preciso cuidar da conexão com o entorno e da privacidade uma vez que as aberturas laterais podem ter a visão obstruída pelos edifícios vizinhos. Uma possível solução seria utilizar alturas de janelas variadas (altas ou baixas) para criar diferentes pontos de vista nas aberturas laterais.

Referências:

LAM, W. M. C. Sunlighting As Formgiver for Architecture. 1St Edition edition. New York: Van Nostrand Reinhold, 1986.

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