Conforme mencionado no parágrafo sobre o parâmetro Sol (001), é essencial usar a iluminação natural de forma consciente no projeto. Nesse sentido, propomos a metodologia do Projeto Daylighting.
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O Projeto Daylighting é um processo de design que prioriza o uso da iluminação natural. Ele envolve uma análise minuciosa das condições climáticas e da orientação solar do edifício, a escolha de materiais e acabamentos que permitam um aproveitamento adequado da luz e a criação de espaços que maximizem o uso da iluminação natural disponível.
A iluminação natural é um aspecto fascinante do design, onde fatores ambientais, estéticos e humanos se entrelaçam. O Projeto Daylighting propõe que a tríade – considerações ambientais, arquitetônicas e humanas – seja integrada durante o processo de projeto. Embora as questões ambientais sejam fundamentais, ignorar as considerações arquitetônicas e humanas torna o processo incompleto.
As recomendações de quantidade de luz podem ser inadequadas quando aplicadas de forma isolada, uma vez que o aumento do nível de iluminação nem sempre resulta em um ambiente mais agradável, confortável e seguro. O nível de iluminação pode ser determinado por exigências normativas ou também uma questão de intenção de projeto.
Assim, a iluminação desempenha um papel crucial no processo de projeto de edifícios, sendo um recurso essencial para a criação de ambientes de alta qualidade que atendam plenamente às necessidades humanas, estéticas e ambientais.
Boyce e Mcibse (2006) classificam a prática de iluminação em três classes de qualidade:
- As más práticas: é a iluminação que não permite ver o que precisa ver, de forma rápida e fácil ou causa desconforto visual. Tente a ser produzida ignorando orientações, uma concentração excessiva em um critério de iluminação em detrimento de outros, pela crença de que a iluminação com eficiência energética é boa iluminação. É produzida por ignorantes.
- As indiferentes: é a iluminação que permite ver o que se precisa ver de forma rápida e fácil e não causa desconforto visual, mas não faz nada para elevar o espírito. É produzida pela aplicação de orientação sem pensamento. Tem orientação quantitativa em vez de orientação qualitativa. É a iluminação provinda de computador.
- As boas práticas: é a iluminação que permite ver o que se precisa ver de forma rápida e fácil e não causa desconforto visual, mas eleva o espírito humano. É produzida pela aplicação cuidadosa de orientação, combinando iluminação e arquitetura e pela sensibilidade ao tempo e lugar. Não seguem servilmente critérios quantitativos de iluminação.
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Passo a passo do projeto daylighting:
Fase 1: análise do clima e local:
- Análise da influência do urbano na área de projeto – Urbano
- Análise do entorno – Entorno
- Estudo de insolação – Carta Solar
Fase 2: desenvolvimento do projeto:
- Volumetria do edifício – Forma e planta baixa, Pátios, Espaço de transição
- Posição e dimensionamento das aberturas – Aberturas laterais, Aberturas zenitais, Otimizar vistas para o exterior
- Cálculo de mascaramento do entorno e do próprio edifício
- Cálculo dos dispositivos de proteção – Dispositivos de sombreamento
Fase 3: ambientes internos:
- Entender as necessidades dos usuários – Necessidades biológicas e Hierarquia luminosa
- Iluminando a parte interna – Interiores
- Mobiliário – Mobiliário
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