A forma de um edifício desempenha um papel significativo na iluminação natural. Projetar cuidadosamente o edifício para maximizar a entrada de luz natural, nos locais e momentos desejados, é um dos principais objetivos do projeto com foco na iluminação natural.
Em termos simples, a melhor maneira de iluminar adequadamente um espaço é aproveitar a iluminação natural por meio de aberturas laterais ou zenitais, garantindo que o ambiente seja bem iluminado durante a maior parte do dia, minimizando assim a necessidade de iluminação artificial. Para isso, a forma (volumetria) do edifício desempenha um papel crucial ao determinar as melhores orientações para a captura de luz natural, e o layout da planta determina as necessidades e possibilidades de aberturas em um ou ambos os lados. Ambientes profundos, com aberturas em apenas um lado, não conseguirão alcançar esse objetivo.
No que diz respeito à forma do edifício, podemos classificá-la da seguinte forma:
- Edifício linear
Trata-se de edifícios com formato alongado, geralmente implantados em lotes estreitos e longos. Nesse caso, as aberturas laterais são amplamente utilizadas, podendo ser unilaterais ou bilaterais.
- Edifício com planta profunda
São edifícios mais profundos, com maior massa construtiva. Também podem fazer uso de aberturas laterais, mas a parte central do volume pode ser prejudicada devido à profundidade dos ambientes. No caso de edifícios térreos ou de poucos pavimentos, a profundidade pode ser compensada com o uso de aberturas zenitais.
Em edifícios mais altos, a utilização de espaços centrais compartilhados, como pátios, pode ser vantajosa, embora a luz captada não atinja plenamente os níveis mais baixos. Uma opção é escalonar as aberturas pelos diferentes pavimentos.
A escolha da forma do edifício geralmente está relacionada às necessidades programáticas do projeto. As aberturas laterais oferecem não apenas iluminação, mas também conexão com o entorno. As aberturas zenitais contribuem para criar níveis uniformes de luz, e os pátios fornecem iluminação e criam espaços compartilhados dentro de complexos de edifícios. Todas essas variáveis devem ser consideradas ao moldar o edifício.