O QUE SÃO OS PARÂMETROS DE PROJETO

PRINCÍPIOS DOS PARÂMETROS

A Pattern Language, criada por Christopher Alexander (1977), uma metodologia de projeto e desenho urbano, é replicada neste trabalho, agora com foco na iluminação natural. A metodologia é composta por elementos denominados “patterns”, aqui traduzidos como “parâmetros de projeto”. Cada parâmetro discorre sobre um aspecto e, em seguida, propõe uma discussão para a sua resolução, de modo que o projetista possa determinar qual a melhor forma de resolver sua questão de projeto e aplicá-la de forma individualizada.

A metodologia é proposta para a fase conceitual, uma ferramenta de projeto rápida e interativa, permitindo a avaliação de alternativas sem grande investimento de tempo e esforço. Os parâmetros sugerem soluções possíveis, mas é necessário desenvolver e avaliar a melhor alternativa para o projeto em questão. A discussão realizada em cada parâmetro fornecerá a base para o desenvolvimento do projeto baseado na iluminação natural, e com o uso continuado desta metodologia, o projetista enriquecerá seu repertório de soluções para outros projetos futuros. Então, não é exagero dizer que a metodologia não apenas trará benefícios para o projeto em questão, mas também para a qualificação do profissional em questões de luz.

ESTRUTURA DOS PARÂMETROS

Baseando-se na estrutura original (Alexander, 1977), todos os parâmetros apresentam o mesmo formato. O parâmetro possui uma imagem demonstrando um arquétipo do parâmetro. Depois, há a indicação de parâmetros anteriores que possuem relação com o parâmetro apresentado. Em seguida, há três asteriscos que marcam o início da discussão central do pattern.

Após os asteriscos, o corpo do problema se desenvolve. Essa é a seção mais longa, pois aqui discutem-se as referências e possíveis soluções. Após a discussão, são apresentadas as referências e a indicação dos parâmetros posteriores.

ESCALAS DO PROJETO DAYLIGHTING

Os parâmetros estão organizados por escalas, começando pelas aplicáveis à escala maior, como desenho urbano, e depois reduzindo as escalas gradativamente, passando por entorno, terreno, edifício e interiores:

Conceitos básicos: Não se trata de uma escala, mas sim de algumas definições iniciais importantes para o projeto de iluminação natural.


Desenho urbano: A primeira escala trabalhada nessa metodologia traz a oportunidade de proporcionar o acesso à luz solar para o ambiente construído. Reconhecer a influência do urbano permitirá tirar proveito da relação com o sol em qualquer escala.


Entorno: Em uma escala mais próxima da edificação de projeto, temos o entorno imediato, que contempla a influência das edificações mais próximas, recuos, vegetações, etc.


Edifício: A configuração volumétrica e superfícies externas do edifício surgem a partir das necessidades e atividades dos usuários. Isso inclui a localização, forma e dimensionamento das aberturas e dispositivos de sombreamento/redirecionamento incorporados nessa escala.


Interior: No ambiente interno do edifício, temos sombreamentos complementares, dispositivos de bloqueio para complementar o controle da luz, além das necessidades humanas dos usuários.


Mobiliário: O planejamento do espaço para melhor atender às necessidades de tarefas, o arranjo de mobiliário para o conforto visual e a seleção de materiais para o funcionamento ideal do espaço construído.